Os partidos políticos integrantes da `oposição construtiva´ estão em vias de constituir uma coligação visando a sua participação nas próximas eleições.
Yá-qub Sibindy, líder do Partido Independente de Moçambique (PIMO) e dinamizador do processo acrescentou que a oposição, na sua generalidade, concluiu que a multiplicação de partidos políticos em Moçambique não constitui nenhuma mais-valia para se alcançar o poder mas, pelo contrário, desperdiçar oportunidades de criação de mais uma bancada na Assembleia da República.
`O individualismo só nos prejudicou. Por causa disso a Frelimo e a Renamo continuam a deter hegemonia política em Moçambique. Se nos coligarmos teremos força suficiente para constituirmos a terceira bancada na Assembleia da República´, disse Sibindy.
Ao se constituir em coligação, os partidos políticos integrantes da `oposição construtiva´ pensam em primeiro lugar nas eleições provinciais a terem lugar no próximo ano, as quais servirão de teste da sua capacidade para enfrentar outros desafios.
`Estamos a falar das eleições autárquicas de 2008 e das eleições legislativas e presidenciais de 2009. A coligação a que nos referimos surge por exigência do processo político em sí e não por vontade de um ou de outro membro do grupo´, explicou a fonte, acrescentando que mesmo os partidos que se auto-excluem do grupo sentir-se-ão forçados a aderir porque é a única via para chegar ao poder.
Yá-qub Sibindy acrescentou que a `oposição construtiva´ já está em preparação para um dia assumir os destinos do país. Para o efeito constituiu um Governo e Parlamento-sombra que, paralelamente ao Governo e Parlamento-dia vão acompanhando o grau de execução do programa quinquenal e as actividades da Assembleia da República.
Sibindy disse que os passos que se estão a dar rumo a constituição da coligação tem vários apoios e `de nenhum modo o grupo cairá no precipício´.
NOTÍCIAS - 27.03.2006