A praia do Bilene, na província de Gaza, continua interdita á actividade pesqueira e turística, nomeadamente a frequência de banhistas.
Em virtude de até ao momento não se saber que causas estariam na origem da poluição que desde há cerca de duas semanas afectou a respectiva lagoa, do que resultou a morte de algas e pescado, bem como complicações na pele de pessoas que mergulharam nas águas da referida estância, segundo deu a conhecer uma fonte do Instituto Nacional de Marinha (INAMAR).
Ultimamente, o índice de mortes de produtos pesqueiros tende a baixar, mas nem mesmo assim é permitido o consumo de marisco local e muito menos o contacto humano com as águas da lagoa.
Há dias, técnicos deste último organismo, do Centro de Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras, um órgão do MICOA (Ministério da Coordenação da Acção Ambiental), Administração Marítima, Instituto de Investigação Pesqueira e de outras tantas instituições, deslocaram-se a Bilene e recolheram amostras da água, algas e pescado retirado da lagoa.
De acordo com Alberto Chemane, do Departamento de Gestão Ambiental, em Xai-Xai, por se presumir que a poluição tivesse sido originada por hidrocarbonetos, como foi veiculado mas sem que houvesse fundamento, foram submetidas para análise no laboratório da PETROMOC amostras trazidas do Bilene.
Na INAMAR foi-nos dito que os resultados do estudo feito no laboratório daquela empresa afastavam qualquer possibilidade de haver nas águas da lagoa resíduos provenientes de hidrocarbonetos.
O passo seguinte consistiu na contratação de uma empresa a SGS, a fim de esta, por sua vez, efectuar exames ás referidas amostras. Nos seus procedimentos, a SGS despachou as amostras para África do Sul, sendo que até ontem não haviam sido transmitidos à INAMAR os resultados da pesquisa, confirmou a fonte.
Entretanto, as autoridades governamentais da província, líderes comunitários, pescadores e agentes económicos e população local estão a efectuar trabalhos na lagoa, actividade que foi interrompida devido a fortes ventos de quadrante sul que assolaram a região.
Mesmo assim, espera-se que entre segunda e terça-feira aconteça a reabertura do canal, factor que se diz poder vir a contribuir para a redução dos índices de poluição no lago, devido á entrada das águas do mar naquele espaço.`O mar vai encarregar-se de desinfectar o lago. Estamos esperançados em que isso aconteça´, disse um técnico entendido na matéria.
NOTÍCIAS - 31.03.2006