Duas importantes delegações de companhias petrolíferas internacionais estão em Maputo, para fechar os acordos para a pesquisa e produção de petróleo, na fértil bacia do Rovuma, no norte de Moçambique.
Uma fonte autorizada disse quintafeira ao mediaFAX que estão no país, a poderosa companhia petrolífera americana, Andarko, que ganhou o concurso para pesquisa e produção de petróleo na área 4, do bloco da Bacia do Rovuma. A delegação americana foi a primeira a desembarcar a Maputo no fim-de-semana, seguindo-se quarta-feira a delegação da gigante italiana ENI.
Esperam-se investimentos colossais de pouco mais de 200 milhões de dólares a serem feitos pela Andarko, na Bacia do Rovuma, segundo a nossa fonte.
A ENI ganhou a área um, do bloco da Bacia do Rovuma, igualmente para pesquisa
e produção de petróleo. Pouco menos de 200 milhões de dólares poderão ser investidos por esta companhia, nos trabalhos de pesquisa e produção de petróleo.
Os acordos em separado entre estas companhias e as autoridades de petróleo de Moçambique, deverão ser subscritos nos próximos dias e resultam do concurso internacional lançado em Julho de 2005, na capital britãnica, Londres, e, cujos resultados foram anunciados no inicio do ano. Mas não é só o Rovuma, que apresenta indícios de ocorrência de petróleo, o Delta do Zambeze, no centro de Moçambique, tem estado na mira de petrolíferas como a estatal Petronas, da Malásia que deve investir este ano na abertura do seu primeiro furo, para obtenção de petróleo, num investimento entre 20 e 25 milhões de dólares.
Esta corrida à pesquisa do ouro negro em Moçambique, ocorre à luz da alta de preços do crude no mercado internacional.
Os preços ultrapassaram esta semana um máximo de cerca 70 dólares o barril, petróleo
transaccionado em Nova Iorque, o que ocorre pela primeira vez desde 2005.
A situação de insegurança quanto às reservas de petróleo americano, a instável situação no Médio Oriente, têm estado a provocar este frenesim das petrolíferas, por outros mercados mais seguros. As vibrantes economias chinesa e indiana, têm estado igualmente a determinar esta grande procura, por novos poços de petróleo pelas multinacionais .
MEDIA FAX – 21.04.2006