Trata-se de Artur Pinto Rocha* do Hotel & Casino Libombos
...O BCM cedeu-me um crédito na ordem de 4.5 milhões de dolares americanos para a construção de um estabelecimento hoteleiro e quando tudo estava a correr a mil maravilhas veio a privatização do Banco. O Banco Internacional de Mocambique, BIM, que tomara a gestão cortou-me o crédito, uma situação que deixa o edifício em ruínas. Palavras de Artur Pinto Rocha, empresário moçambicano agastado com os gestores do BIM.
Por: Mohamed SIAD
Parco em palavras e mostrando-se visivelmente injustiçado, Artur Pinto Rocha, de80 anos de idade, dos quais mais de50 anos vividos em Moçambique, disse há dias ao nosso jornal que mesmo com o descalabro dos créditos cortados pelo BIM, após o compromisso ele/BCM não vai vergar apesar da sua idade. Alias, moveu um processo aos herdeiros do BCM, concretamente o Banco Internacional de Moçambique por alegado incumprimento das suas obrigações, do qual pede 3.5 milhões de dólares americanos pelos danos morais e financeiros acrescidos. Sabe-se que este caso vai dentro de dias conhecer o seu desfecho quando a Juíza da 4ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo proferir a sentença. Rocha, recorda com amargura ter tido um contrato com o defunto Banco Comercial de Moçambique que até diz ter obedecido as cláusulas entre as partes, mas após a privatização as coisas mudaram de dia para noite e questiona. Porque razão me cortaram o crédito? Se tivessem me cedido o crédito a esta altura eu já teria pago há muito, disse Artur Rocha no seu estabelecimento hoteleiro, para quem jura de pés juntos não ter dividas com ninguém. “Se eu fosse fraco, teria apanhado ataque cardíaco” – afirmou. A nossa fonte não se cansa de dizer que não precisa de solidariedade mas sim de soluções porque enquanto existir esta maka, está impedido de contrair empréstimos nas outras instituições bancárias. O empreiteiro Soares da Costa teve de interromper as obras porque já não existem fundos para arcarem com as mesmas. Adiante o nosso interlocutor assevera que como o azar não vem só, recentemente o sismo deu conta da bomba e o furo da água que abastece o hotel e o Distrito de Namaacha.
O AUTARCA – 28.04.2006
*O nosso velho amigo Pinto da Namaacha. Lembram-se da Pousada?