Quatro ministérios envolvidos no esclarecimento do caso da lagoa do Bilene vêm esta manhã a público divulgar e elucidar de forma detalhada os resultados da investigação realizada pela equipa multisectorial empenhada neste assunto.
Porém, em comunicação de Imprensa, tais instituições já avançam que há indícios de se ter tratado de um fenómeno biológico e pontual com efeitos de curta duração, e que se pode eliminar através da auto-regeneração do próprio ecossistema e da aceleração das trocas das águas do mar e do lago.
`Assim, observações efectuadas durante a visita ao terreno, no dia 6 de Abril corrente, e a informação fornecida pela UEM concorrem para que seja levantado o banimento imposto á pesca e a banhistas´, revela o comunicado.
Tais ministérios, nomeadamente, o da Coordenação da Acção Ambiental, do Turismo, das Pescas e dos Transportes e Comunicações e, no seu comunicado conjunto, baseiam-se também numa investigação efectuada pela UEM naquela lagoa.
O documento em nenhum momento se refere aos resultados das amostras enviadas a laboratórios sul-africanos, tanto os que vêm sendo preconizados pelo governador de Gaza, Djalma Lourenço, como os que poderão ter sido apurados por solicitação do INAMAR - Instituto Nacional de Marinha.
De recordar que os resultados despachados para o gabinete de Djalma Lourenço indicam não haver qualquer perigo na lagoa do Bilene e, inclusivamente, o próprio governador fez questão de mergulhar, domingo passado, nas águas da estância turística, procurando provar não haver risco para a saúde pública, facto de certo modo contestado em círculos abalizados nesta matéria.
NOTÍCIAS - 12.04.2006