Para a reversão da HCB
O governo moçambicano já encontrou um financiador para o pagamento dos 785 milhões de euros a Portugal, permitindo a Moçambique deter 85 por cento da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), anunciou a primeira-ministra Luísa Diogo.
Ao abrigo do memorando de entendimento assinado em Outubro último em Portugal, Moçambique deve pagar o equivalente a 785 milhões de euros, para adquirir 73 dos 88 por cento do capital detido por Portugal naquele empreendimento.
A primeira prestação, no valor de cerca de 203 milhões de euros, devia ter sido paga em Janeiro deste ano, mas a falta de um acordo final entre os dois países inviabilizou a entrega do dinheiro.
Falando quinta-feira na Assembleia da República de Moçambique, Luísa Diogo garantiu que «já há uma clareza em relação ao nome do financiador» da verba que Moçambique deve pagar a Portugal.
«Agora está mais chegado ao fim o processo (de reversão da HCB), mas ainda não podemos revelar o nome do financiador», sublinhou Luísa Diogo.
Logo após serem conhecidos os termos do acordo que coloca Moçambique na posição de accionista maioritário da HCB, vários círculos de opinião em Moçambique colocaram a questão de saber quem irá pagar a verba acordada por Portugal, dada a manifesta incapacidade do Governo moçambicano de suportar tal encargo.
EXPRESSO AFRICA - 21.04.2006
NOTA: Não quero fazer futurologia mas a "mão" de Almeida Santos deve estar aí metida. Ainda vai ser um dos acionistas da HCB...
Moçambique já tem financiador... diz a 1ª Ministra.
Então Moçambique fica a dever. E vai ter de pagar.
E o financiador vai certamente cobrar juros.
Além do aumento do número de "administradores", que é que o povo de Moçambique vai beneficiar.
Exactamente ainda ninguém disse nada. Só se ouve falar de investimentos de brasileiros, chineses e portugueses.
Afinal como é?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE