Governos da China e Moçambique projectam
Moçambique produz actualmente em média 100 mil toneladas/ano de arroz e o governo está a tratar de encontrar, com o governo da República Popular da China, formas de elevar a produção anual para 500 mil toneladas/ano.
A garantia do envolvimento da China na produção do arroz moçambicano foi dada pelo vice-ministro do Comércio daquele país, Wei Jianguo, durante uma visita de trabalho que efectuou a Moçambique nos últimos dias, refere fonte em Macau.
Segundo o «macauhub», o ministro moçambicano da Agricultura, Tomás Mandlate, considerou “bastante importante a cooperação com a China no domínio agrícola, sobretudo, na produção do arroz, devido à larga experiência chinesa nesse ramo”.
Recentemente, uma delegação proveniente da província de Hunan, onde se localiza o Instituto do Arroz Híbrido, visitou Moçambique, para pesquisas de produção deste tipo de cereal no regadio de Chókwe, na província de Gaza, sul de Moçambique.
O regadio de Chókwe, uma das zonas mais férteis de Moçambique, foi reabilitado há pouco tempo com um financiamento de cerca 15 milhões de euros concedido pelo governo japonês. Também já mereceu sucessivos apoios, designadamente da França.
No âmbito do seu objectivo de incrementar a produção do arroz em Moçambique, o governo está a reabilitar regadios em Maputo e Inhambane, Sul, bem como Sofala e Zambézia, no centro do país.
Por outro lado, uma área de 300 hectares está a ser explorada na produção de arroz em Inhambane por associações de camponeses apoiadas pela Irlanda, estando também em curso iniciativas do género no distrito de Nicoadala, província da Zambézia, de acordo com o «macauhub».
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 05.04.2006