Banco Mundial
O Banco Mundial acaba de aprovar o cancelamento total da dívida de países pobres altamente endividados e que alcançaram o nível satisfatório de reformas exigidas pelas instituições do «Bretton Woods». Moçambique também está incluído nesse grupo que vai beneficiar do cancelamento total da dívida no âmbito da «Iniciativa do Alívio da Dívida Multilateral» da autoria do «G-8».
De acordo com uma nota do Banco Mundial, a partir do próximo dia 1 de Julho, espera-se que o «IDA» (International Development Association) um organismo do Banco Mundial, disponibilize mais de 37 mil milhões (37 biliões) USD para o financiamento das dívidas multilaterais dos países beneficiários ao longo dos próximos 40 anos.
“Os países agora serão capazes de aplicar mais recursos em programas que ajudam directamente aos que dela muito necessitam – gente pobre que precisa de melhor Educação, melhores serviços de Saúde e maior acesso a água potável, por exemplo”, refere o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz.
Inicialmente, vão beneficiar do cancelamento da dívida em 100%: Benin, Bolívia, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Guiana, Honduras, Madagascar, Mali, Moçambique, Nicarágua, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzania, Uganda e Zâmbia.
A Mauritânia apesar de ter alcançado o programa «HIPC» apenas poderá beneficiar deste cancelamento após o respectivo governo ter implementado as reformas públicas do país.
Existem outros países do «HIPC» que embora tenham atingido o “decision Point” ainda precisam de completar determinados procedimentos exigidos pela iniciativa HIPC para beneficiarem do cancelamento total no mesmo quadro. São eles o Ruanda, Comarões, Chade, R.Democrática do Congo (Kinshaza), Congo (Brazavile), Gâmbia, Guiné Conacry, Guiné Bissau, Malawi, São Tomé e Príncipe e Serra Leoa.
Há outros que fazem parte do «HIPC» mas que ainda precisam de alcançar o “decision point”, para depois terem o direito ao cancelamento total, nomeadamente, República Centro Africana, Comores, Costa do Marfim, Laos, Libéria, Myanmar, Somália, Sudão e Togo.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.04.2006