Mais de dois mil candidatos a emprego já se inscreveram na administração distrital de Caia, `quartel-general´ do projecto da ponte sobre o rio Zambeze ligando as margens daquele curso de água na região em epígrafe, em Sofala, e Chimuara, na província da Zambézia.
Daquele número, o consórcio vencedor do concurso internacional lançado para o efeito, a Mota Engil & Soares da Costa, pretende admitir apenas 600 pessoas e, na maior das hipóteses, cerca de mil.
Entretanto, o Governo de Sofala, através da Direcção Provincial do Trabalho, já tem um projecto esboçado visando a formação da mão-de-obra não qualificada a ser recrutada para o referido empreendimento, cujas obras efectivas deverão arrancar na última semana de Julho próximo, com a demolição dos dois encontros existentes nas duas margens, por não se adequarem aos actuais moldes do projecto.
Estas informações foram reveladas por Elias Paulo, director do referido projecto, durante a realização da VI Sessão do Governo provincial, tendo acrescentado que os inscritos são oriundos das províncias de Sofala e Zambézia, sobretudo das regiões de Caia, Chimuara, Mopeia e alguns da província de Nampula.
Paulo informou que neste momento estão numa fase acelerada das acções visando o arranque do empreendimento, destacando-se a reabilitação de três moradias destinadas aos técnicos, montagem do acampamento e estaleiro do empreendimento, conclusão da elaboração do plano de reassentamento dos comerciantes informais que deverão ser retirados até Junho próximo, entre outros aspectos.
`O consórcio Mota Engil & Soares da Costa já sabe que a prioridade para o emprego deve ser dada á população local, ou seja, de Sofala e Zambézia, e muito particularmente dos distritos de Caia e Mopeia, que estarão directamente ligadas pela ponte´, explicou.
Entretanto, o governador Alberto Vaquina instou as direcções provinciais da Agricultura, Trabalho, Saúde e Meio Ambiente, bem como o Comando Provincial da PRM a esboçarem planos de intervenção e mitigação tendo em conta as possíveis situações que poderão ocorrer com a concretização do emprendimento, nomeadamente conflitos de terras, laborais, aumento de doenças, com enfoque para o HIV/SIDA, erosão e aumento da criminalidade.
NOTÍCIAS - 03.04.2006