O aparecimento de animais vadios, como cães, macacos, gatos e ratos em diferentes pontos so país coloca em perigo a vida de muitos cidadãos.
Dados apurados junto de fontes das autoridades sanitárias dão conta de que durante o ano passado pelo menos 36 pessoas morreram vítimas de raiva em consequência de mordeduras daqueles animais.
Trata-se de uma situação que preocupa as estruturas do sector, que, entretanto, não avançam medidas visando resolver o problema.
A proliferação de cães vadios, principalmente nos centros urbanos, é um dos fenómenos que estimulam a existência e rápida propagação da raiva. Por exemplo, na cidade de Maputo, em quase todos os bairros têm se verificado casos de mordeduras protagonizadas por cães vadios, sobretudo em crianças.
Só no ano passado, de acordo com fontes das autoridades sanitárias, foram registados 2553 casos de mordeduras por cães vadios, contra 1369 registados em 2004, ano em que se registaram 29 mortos em consequência da raiva. Trata-se de uma situação preocupante, sobretudo se se tomar em linha de conta que se trata de uma doença sem cura.
O gráfico de mordeduras tende a subir, sobretudo no período de férias escolares das crianças estudantes, que encontram na excitação dos animais uma das formas de passar o seu tempo livre. As fontes referiram que os culpados por este problema são também os criadores ou proprietários dos bichos, que não os controlam e nem os levam á vacinação.
Em tempos, as autoridades sanitárias e da agricultura, em coordenação com as administrativas locais, desencadeavam campanhas de captura de cães vadios e abandonados, bem como de outros que, embora domesticados, gozam de total liberdade, podendo constituir um foco para a contaminação da raiva, uma operação que, entretanto há muito não é realizada.
NOTÍCIAS - 05.04.2006