O Tribunal Supremo pronunciou há dias seis dos sete membros da quadrilha indiciada de ter tentado assassinar o advogado Albano Silva, numa ocorrência havida em 1999.
Na altura, o causídico estava ao serviço do ex-Banco Comercial de Moçambique (BCM), instituição bancária que havia sofrido um rombo em avultadas somas monetárias.
Liderada por Aníbal António dos Santos Júnior, vulgo Anibalzinho, a quadrilha integra ainda os comparsas e irmãos Ayob e Nini Satar, assim como Fernando Magno, Osvaldo Muianga (Dudu) e Paulo Daniel (`Danger Man´).
Os co-réus encontram-se todos encarcerados na BO, desde a sua detenção quando o caso teve lugar. No seu acórdão, o `Supremo´ reconfirmou a participação de Dudu no crime, visto que este havia interposto uma acção judicial negando o seu envolvimento no caso.
Por outro lado, o Tribunal Supremo ilibou o sétimo indiciado, Vicente Ramaya, ex-gerente da dependência do BCM na Sommerschield, por não ter encontrado provas suficientes do seu envolvimento na quadrilha que não só tentou matar o advogado Albano Silva, assim como parte dos membros esteve à frente do crime que pôs termo à vida do jornalista Carlos Cardoso. A morte do jornalista foi consumada um ano depois de se ter falhado a operação em que deveria ter sido eliminado fisicamente o causídico.
Uma vez conhecido o acórdão do Tribunal Supremo, cabe ao juíz do processo, afecto ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, marcar a data para a realização do julgamento.
Em 2002, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo havia proferido o despacho de pronúncia, reconhecendo haver indícios suficientes para levar a julgamento os membros da quadrilha.
NOTÍCIAS - 18.04.2006