Das Nações Unidas
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente vai apoiar um programa do governo da província de Nampula que visa a recuperação do mangal na costa da cidade da Ilha de Moçambique.
Para o efeito, um consultor daquele organismo internacional vai ser enviado nos próximos dias para Ilha de Moçambique a fim de orientar os trabalhos preliminares das acções de recuperação do mangal.
A costa da Ilha de Moçambique, em particular da região continental do Lumbo, está sendo assolada, neste momento, por vários problemas ambientais, sobretudo, relacionados com a erosão dos solos, decorrente da devastação do mangal que serve de defesa. O mangal é usado pelas populações locais na construção de habitações e de combustível vegetal.
É ali onde se localizam os corais que constituem a maternidade de várias espécies marinhas para sua reprodução.
Este facto tem contribuído na escassez do pescado variado que se verifica neste momento na costa marítima da Ilha de Moçambique, com implicações negativas na renda e alimentação das populações locais é resultante entre outros factores da destruição dos mangais.
Mussa Amade, director provincial Para Coordenação da Acção ambiental em Nampula, precisou que o governo elaborou já um plano de intervenção, visando, fundamentalmente, corrigir o grau de destruição efectuado pela força humana na região da Ilha de Moçambique, Angoche, Nacala-Porto e Nacala-a-Velha.
O programa que vamos desenvolver na Ilha é mais importante, porquanto aquela região carece, por completo, de mangais em resultado da destruição daquela vegetação. Anotou Amade.
Explicou que o consultor, que deverá chegar brevemente à Nampula, vai encarregar-se juntamente com técnicos de gestão ambiental na DPCAA naquela província, da identificação das espécies de plantas (viveiro de mangal) que mais se adequam às condições dos solos do Lumbo, na Ilha de Moçambique, de forma a que o seu crescimento seja célere e sem.
Esse trabalho, assim como a sensibilização das comunidades sobre a importância dos mangais e a protecção contra a erosão dos solos estarão à responsabilidade da equipe monitorada pelo consultor do programas das Nações Unidas para o ambiente. Mussa Amade não excluiu a possibilidade de propor a deslocação do consultor da ONU aos distritos de Angoche, Nacala-a-
Velha e Nacala-Porto.
WAMPHULA FAX – 26.05.2006