A primeira-ministra de Moçambique, Luísa Diogo, esteve internada na semana passada num hospital de Paris, com malária, noticiou hoje em Maputo o jornal por fax Diário de Notícias.
Segundo o jornal, que cita fontes não identificadas que acompanharam a governante à Europa, Luísa Diogo foi subitamente atacada por malária, quando regressava da Áustria e da Dinamarca, onde se deslocou em trabalho.
Na Áustria, a primeira-ministra participou num painel sobre o actual processo de reformas das Nações Unidas, a convite do secretário- geral desta organização, Kofi Annan.
Luísa Diogo participou num fórum económico na capital dinamarquesa, Copenhaga, antes de ser acometida por malária, segundo escreve o Diário de Notícias.
O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Luís Covane, ouvido pelo jornal, disse desconhecer a hospitalização da primeira-ministra moçambicana, confirmando apenas que participou em encontros oficiais na Áustria e Dinamarca.
O Diário de Notícias adianta a causa do internamento não foi "stress", como apontavam rumores que circularam na última semana em Maputo e que associaram a eventual ansiedade à polémica em torno da atribuição de uma moradia a um dos seus filhos.
A Agência Lusa tentou obter um comentário à notícia junto do gabinete da primeira-ministra moçambicana, mas todas as tentativas resultaram infrutíferas, não sendo sequer possível confirmar se a chefe do governo já se encontra em Moçambique.
Luísa Diogo, 48 anos, natural da província de Tete, centro de Moçambique, é casada com o advogado Albano Silva com quem tem três filhos.
A malária é, simultaneamente com o vírus do HIV/SIDA, a doença que mais mata em Moçambique, sendo ainda responsável pela elevada taxa de absentismo laboral e escolar no país.
A maior parte das camas dos hospitais moçambicanos estão ocupadas por doentes de malária e HIV/SIDA.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 22.05.2006