A província da Zambézia, particularmente a sua capital provincial, Quelimane não tem sido facil aceder ao uso dos serviços de Internet Café. Por exemplo, nos últimos dias, quem deseja beneficiar-se dos serviços de Internet, é obrigado a marcar uma bicha na única sala existente actualmente nesta
cidade.
Com um universo de cerca de 150 mil habitantes, a cidade de Quelimane possui apenas uma sala de Internet equipada por apenas três (03) computadores, pertencentes à firma Mozambique Brodway Computers (MBC).
Estudantes e outros interessados que queiram usar a sala de internet, permanecem entre 1 a 2 horas de tempo à espera que chege a sua vez.
Há sensivelmente dois meses atrás, funcionavam mais 2 salas de internet naquela cidade, nomeadamente a da Nova Rádio Paz e da Hard Soft. Nos últimos dias, segundo o que o «vt» apurou no local, a sala da Rádio Paz foi transformada numa escola de Informática, enquanto que a da Hard Soft, anda com problemas no seu servidor, segundo informações do proprietário.
Pelos cálculos feitos, cada computador activo na única sala de internet operacional no presente momento em Quelimane, é usada por aproximadamente 50 mil pessoas em apenas 13 horas de tempo em que a mesma está aberta, exceptuando aos domingos.
Entretanto, inconformados com a situação, estudantes abordados pelo «vt» disseram que esta situação é dramática, visto que a cidade de Quelimane, está a registar o afluxo de estudantes de níveis superiores que precisam de usar os serviços de internet para os seus estudos.
Por exemplo, Jonel Carlos, estudante da Faculdade de Ciências Marinhas e Costeiras, ciente da dramática situação em que se encontra, faz um apelo aos responsaveis para que tomem a peito este caso, porque não só prejudica os estudantes na sua maioria, como a todos os quelimanenses.
Belchior Mário, um dos utentes assíduos da internet, disse que a cidade de Quelimane deve sair desta lástimosa situação, porque segundo defende "o mundo está globalizado e os quelimanenses precisam de estar dentro desta globalização, para que possam ter conhecimentos de tudo o que está acontecendo no resto do mundo".
António Jacinto - VERTICAL - 23.05.2006