Díli, 24 Mai (Lusa) - O major Alfredo Reinado manifestou-se hoje disponível para "apertar as mãos" às forças internacionais que chegarem a Timor-Leste na sequência do pedido das autoridades timorenses e a "fazer a paz" nas condições do Presidente Xanana Gusmão."
Quando as forças internacionais entrarem em Timor estou disposto a apertar-lhes as mãos", declarou à Lusa, num contacto telefónico, o militar que comanda as forças rebeldes envolvidas em confrontos com as forças armadas timorenses .
Questionado sobre o significado da expressão "apertar as mãos", Reinado clarificou: "Fazer a paz, baseada nas condições que vierem a ser propostas pelo Presidente da República na altura".
Reinado disse também que o objectivo da acção das suas forças "não é derrubar o Governo, mas sim garantir a justiça e a criação de forças de defesa profissionais e não uma força de guerrilha".
Por justiça, Reinado disse entender a "instauração de uma investigação internacional sobre quem ordenou os disparos e a entrada das forças armadas nos conflitos de 28 e 29 de Abril".
Questionado sobre os confrontos ocorridos hoje nos arredores de Díli, disse que "muitos mais homens poderiam ter estado envolvidos na acção".
Uma testemunha ocular disse à Lusa que cerca de 50 homens armados participaram no ataque de hoje ao quartel-general das forças armadas timorenses em Taci Tolo, a oeste de Díli Sobre os acontecimentos de hoje, o major Reinado afirmou: "eles disparam sobre mim e eu respondo".
Acrescentou só ter tido uma baixa e que as FDTL terão tido 11, mas "querem disfarçar a humilhação".
RBV.