A Organização Continuadores de Moçambique, que agrupa crianças de todo o país, vai instalar núcleos em todas as escolas primárias, para desenvolver actividades que permitam "o crescimento com saúde e harmonia dos menores", anunciou hoje a organização.
A iniciativa resulta de um memorando de entendimento assinado na quarta-feira em Maputo pelo ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, e pela secretária-geral da Organização Continuadores de Moçambique, Beleza Zitha.
Zitha disse que o acordo vai permitir à sua organização introduzir nas escolas actividades complementares às disciplinas curriculares e outras viradas para as habilidades artísticas e culturais.
Com a acção, pretende-se igualmente a promoção de programas de lazer em prol das crianças, durante os períodos de férias escolares, levando as crianças a acampamentos no país e além fronteiras, referiu Beleza Zitha.
"O desenvolvimento são e harmonioso das crianças também depende da qualidade das actividades que lhes forem proporcionadas fora do período lectivo normal, como programas desportivos, artísticos ou de lazer", sublinhou Zitha.
A secretária-geral da Organização Continuadores de Moçambique afirmou que a materialização da iniciativa vai abrir espaço para que mais de um milhão de crianças expressem e aperfeiçoem os seus talentos nos diversos campos.
Por seu turno, o ministro da Educação e Cultura considerou a Organização Continuadores "um parceiro certo, dotado de uma longa experiência, capaz de munir as crianças de um carácter e mentalidade virados para o trabalho ", vincou.
A Organização Continuadores de Moçambique foi criada após a independência, em 1975, pelo primeiro presidente do país, Samora Machel, e tem tido um percurso ligado ao da FRELIMO, partido no poder desde essa altura.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 22.06.2006
NOTA:
Finalmente a FRELIMO coloca a antiga "Mocidade Portuguesa" nas escolas. Com uma dialéctica diferente, o que é natural. Uma curiosodade: a "Organização Continuadores de Moçambique" deixou de ser mais um "braço" da FRELIMO? Não deverão as escolas ser apartidárias?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE