Apoiantes da candidatura de Patrice Trovoada, invadiram na noite de Domingo, a estação de televisão são-tomense tendo destruído alguns materiais. A acção de vandalismo que foi liderada pelo antigo Ministro da Saúde Edgar Neves pelo líder parlamentar do MLSTP/PSD Jorge Amado, provocou a suspensão da emissão da TVS.
Nenhuma manifestação foi organizada nos arredores da estação televisiva como erradamente foi divulgado.
O ataque surpresa contra a TVS, aconteceu exactamente no momento em que estava a ser transmitido o Telejornal. A equipa de serviço, teve que confrontar-se com um grupo de apoiantes da candidatura de Patrice Trovoada, completamente enfurecidos e liderado pelo antigo Ministro da Saúde Edgar Neves.
O técnico que estava a realizar o Telejornal, explicou que foi surpreendido na sala de realização do Telejornal, pelo antigo Ministro da Saúde, que entrou no local a força. Segundo Aurélio Aragão socos, muitos socos foram desferidos contra a porta de acesso e posteriormente sobre a mesa de mistura de vídeo. O insersor de caracteres ficou totalmente danificado.
Para completar a acção, acrescenta Aurélio Aragão, o antigo Ministro da Saúde invadiu outra sala de serviço, a central técnica onde aplicou vários golpes de socos nas portas e outros equipamentos.
A acção de vandalismo, não tirou concentração ao realizador que conseguiu assegurar a transmissão do Telejornal. Logo depois veio um segundo grupo, composto por cerca de 6 pessoas e sob a liderança do antigo Ministro da Agricultura e Pescas, e actualmente líder da bancada parlamentar do MLSTP/PSD Jorge Amado.
Segundo Aurélio Aragão, este segundo grupo de ataque estava menos furioso. O líder apenas queria saber o que é que ficou por partir para ele terminar o serviço, garante a recepcionista que estava de serviço na noite do assalto bárbaro.
Segundo testemunhas, os invasores da TVS justificaram a sua atitude com o facto da estação não ter dado cobertura ao comício de Patrice Trovoada, no bairro do Riboque. A Direcção da TVS, diz que a estação não tinha sido informada. O Director Mateus Ferreira, garantiu que até segunda feira a estação não tinha recebido qualquer programa de actividades das candidaturas apesar, do insistente pedido feito junto as direcções das duas principais candidaturas.
O Téla Nón sabe que desde a abertura da campanha política até a última segunda feira, nenhum órgão de comunicação social, incluindo a rádio nacional, a TVS, a RTP-África, tinham sido informadas pelas candidaturas sobre as suas actividades políticas. A cobertura da campanha tem sido feita por adivinhação dos jornalistas.
O Téla Nón sabe que o caso já foi entregue ao ministério público. O Governo tomou nota dos estragos causados pelo vandalismo, e pediu calma aos activistas políticos. TVS foi assim o primeiro alvo da tensão crescente em alguns sectores da campanha de Patrice Trovoada.
Abel Veiga - 18.07.2006