Macau, China, 21 Jul (Lusa) - A empresa chinesa de engenharia Sinohydro Corporation lidera o consórcio que vai construir a barragem de Mpanda Nkua, no vale do Zambeze, Moçambique, escreve hoje a agência Macauhub.
A agência, que cita o boletim Africa Monitor, diz que o consórcio, que integrará outras empresas chinesas de diferentes ramos, será também responsável pela construção da barragem Moamba-Major, que vai abastecer de água potável a capital moçambicana, Maputo, projecto avaliado em 300 milhões de dólares.
Os dois projectos envolvem um investimento conjunto na ordem dos 2,3 mil milhões de dólares, financiado pelo China Exim Bank.
O acordo de financiamento foi assinado há três meses em Maputo pelo ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, e pelo presidente do banco, Li Ruogu.
A barragem de Mpanda Nkua deverá começar a produzir energia seis anos depois do início da construção, segundo foi adiantado na altura.
O empreendimento ficará situada a 60 quilómetros a jusante de Cahora Bassa, a maior hidroeléctrica da África Austral, que deverá passar ainda este ano para o controlo de Moçambique.
Ainda de acordo com Macauhub, a China está a negociar, como contrapartida ao seu apoio a estes dois projectos, a entrada na exploração de carvão de Moatize, na província de Tete.
Outra pretensão chinesa é o desenvolvimento de projectos agrícolas no Vale do Zambeze, a realizar por empresas chinesas.
A empresa chinesa possui escritórios em Moçambique e tem vindo a actuar naquele país como aconteceu o ano passado num projecto de tratamento de água em Licuari, Quelimane.
GCS.