Um clima descrito como tenso e que promete resvalar em acções de protesto de rua, em Maputo e Chimoio, paira no seio dos antigos militares integrados na Associação dos Deficientes Militares de Moçambique (ADEMIMO).
A ADEMIMO junta elementos que estiveram no activo durante a guerra civil em Moçambique, e que reivindicam o pagamento de pensões e outra regalias.
Num claro desespero de causa, pelo menos 700 ex- militares desta organização, em Manica, deverão percorrer amanhã (sábado) as ruas daquele ponto de Moçambique, em manifestações que classificam de `pacíficas´e que irão desembocar na sede do Governo provincial.
Segundo veloso do Rosário a ideia é procurar apoio e trazer todos militares para a capital onde funciona o Governo central. Do Rosário, acusa o Governo de estar a pôr de lado as preocupações daquela importante franja de moçambicanos que, durante uma década e meia, serviram a pátria.
Recordou que o apoio aos militares deficientes ficou estabelecido pelo Governo após a assinatura dos acordos de paz em 1992. O Governo comprometeu-se a reunir condições para reinserção social dos desmobilizados de guerra, incluindo os deficientes.
Quando confrontada com a situação, fonte do Ministério da Defesa refere que o assunto já não é da sua responsabilidade, uma vez que a preocupação do Ministério da Defesa é apenas com os militares em activo.
`É a primeira vez que oiço esta história, mas já solicitei um encontro para ver como o Ministério da Defesa pode ajudar´, anunciou o Coronel Joaquim Mataruca, porta-voz do Ministério da Defesa.
SAVANA - 14.07.2006