Por FERNANDO GRADE
ORIUNDO de Moçambique, onde nasceu nos últimos anos do período colonial-fascista português (1969, ainda com António Salazar vivo, mas já taralhoco e fora do Governo), Delmar Maia Goçalves — DMG — passa a infância e a parte principal da adolescência no Quelimane natal, e chega à Europa e ao nosso país com a idade de 16 anos. Este facto biográfico de DMG possibilita-nos, desde logo, aferir de uma sua ligação ou vínculo muito estreito às raízes moçambicanas, onde foi gerado e de onde proveio, e a uma ambiência sui generis, que ultrapassa de longe a chamada cor local. A partir deste último referente — com todos os ingredientes do foro geográfico e uma nomenclatura, quiçá, típica, onde se englobam a fauna e a flora africanas e as figuras sublinháveis do habitat —, o Autor tem atingido outros pressupostos, como sejam as lutas de solidariedade internacionais, a visão ecuménica do mundo, a dádiva pelo outro e a relação amorosa entre homem e mulher que, no paradigma vertente, se corporiza melhor entre branco e negra, ou vice-versa, ou acerca do posicionamento sociológico ou arquetipal do mulato. Em minha opinião, a rota do mulato encontra-se mais perto do branco que do negro.
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-SOBRE "AFROZAMBEZIANDO NINFAS E DEUSAS" E OUTROS PRESSUPOSTOS
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NOTA:
Edição de Autor e Edições Mic, com ilustrações de José Pádua, Fernando Grade e Filipa Gonçalves