Sobre “insegurança” nos seus aviões
A «Air Corridor» está indignada com o facto de no «website» do seu Departamento de Estado o Governo americano instar os seus concidadãos a não viajarem naquela companhia moçambicana privada, alegadamente por ser “insegura” (Vsff «Canal nº138»).
O director de Marketing daquela companhia aérea privada, Mussá Taquidir, disse ontem ao «Canal de Moçambique» que já solicitou uma audiência à embaixada americana em Maputo para buscar esclarecimentos. À hora do fecho desta edição o interlocutor do «Canal» confirmou que o encontro com a diplomacia americana em Maputo terá lugar hoje à tarde.
“Queremos saber as motivações do governo americano” disse. “Cumprimos com todas as regras internacionais da aeronáutica”.
Taquidir, em defesa da «Air Corridor» referiu ainda que os pilotos da sua companhia “são treinados na «British Airways»” e que os aviões da companhia fazem a manutenção na África do Sul “na «COMMAIR», que é contra-parte da «British Airways»”.
Outro ponto realçado pelo director de Marketing da companhia visada pelos termos nada abonatórios do «portal» do Departamento de Estado dos EUA diz respeito ao tipo de equipamento aeronáutico operado pela «Air Corridor». “Os nossos aviões são «Boeing» de fabrico americano”.
“É verdade que ainda não somos membros da IATA (Internacional Air Transport Association / Associação Internacional de Transportes Aéreos). Mas não ser membro da IATA não significa que somos inseguros. Os nossos aviões são certificados pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique”.
Ontem o «Canal» procurou ouvir a versão do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).
O IACM é a entidade reguladora da aviação em Moçambique pelo que no ponto de vista dos utentes a sua versão sobre a alegada “insegurança” da «Air Corridor» torna-se pertinente.
O director António Pinto estava ausente. Continuaremos a tentar ouvir as considerações da autoridade aeronáutica moçambicana sobre a apreciação que o governo de Washington D.C. faz de uma companhia de aviação comercial moçambicana licenciada para operar pelo IACM.
No último quinquénio dos anos 90, o mesmo tipo de considerações que se fazem hoje no «website» (portal) do governo americano foram feitas sobre as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), a companhia estatal moçambicana.
Na altura os «Boing» da LAM também foram considerados “inseguros” pelo que também se aconselhava os cidadãos americanos a não viajarem nela.
(Luís Nhachote) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 24.08.2006
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/08/maputo_cidade_d.html