O Julgamento dos cinco membros que compõem a quadrilha indiciada de ter tentado assassinar o advogado Albano Silva, numa ocorrência havida em 1999, poderá acontecer em finais do próximo mês de Setembro, segundo fonte do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Dados em nosso poder indicam que como o processo arrasta-se há muito tempo, tudo será feito no sentido de as sessões de audiência acontecerem ainda no mês de Setembro ou, o mais tardar, início de Outubro.
O juíz da causa está empenhado em julgar outros processos tidos como sendo de `menor complexidade´, como forma de não prejudicá-los, atendendo a que o julgamento do `caso Albano Silva´ poder-se-á arrastar por muito tempo.
O julgamento terá lugar após o Tribunal Supremo ter proferido, em Abril último, o acórdão reconfirmando haver evidências da participação de cinco dos seis arguidos, ilibando Vicente Ramaya, ex-gerente da dependência do BCM na Sommerschield, por não ter encontrado matéria suficiente indicando o seu envolvimento no grupo, que não só tentou matar o advogado, como parte dos membros esteve à frente do crime que pôs termo à vida do jornalista Carlos Cardoso.
A morte do jornalista foi consumada a 22 de Novembro de 2000, um ano depois de ter falhado a operação em que deveria ter sido eliminado o causídico. Uma vez conhecido o acórdão do Tribunal Supremo, tudo fica dependente do juiz da causa, que neste momento equaciona a melhor data para iniciar o processo de julgamento.
Em 2002, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo proferiu o despacho de pronúncia, reconhecendo haver indícios suficientes para levar a julgamento os membros da quadrilha. Na altura dos factos, Silva estava ao serviço do ex-Banco Comercial de Moçambique (BCM), instituição bancária que havia sofrido um rombo em avultadas somas monetárias. Liderada por Aníbal António dos Santos Júnior, vulgo Anibalzinho, a quadrilha integra ainda os irmãos Ayob e Nini Satar, assim como Fernando Magno, Osvaldo Muianga (Dudu) e Paulo Daniel (Danger Men).
Os co-réus encontram-se todos encarcerados na BO, desde a sua detenção quando o caso teve lugar. Refira-se que Anibalzinho, Nini e Ayob, para além de estarem neste processo, foram igualmente condenados no processo sobre a morte do jornalista Carlos Cardoso, após se confirmar que tiveram uma participação directa no crime.
NOTÍCIAS - 23.08.2006