USD240/ano per capita
FILIMÃO SAVECA
Considerada das mais baixas ao nível do conjunto dos países menos desenvolvidos do Planeta, cada moçambicano produz, em média anual, cerca de 240 dólares norte-americanos, aproximadamente, 6.040 mil meticais da nova família (MTn) ao câmbio desta quarta-feira.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) que veicula a informação através do Word Economic Outlook, não apresenta a média anual da renda per capita do grupo dos países menos desenvolvidos do mundo onde Moçambique está integrado, sublinhando apenas que não se justifica que cada nacional produza pouco por o país possuir muitos recursos por explorar e contar com 18.5 milhões de pessoas.
Daquele universo da população, cerca de 75% de famílias moçambicanas sobrevivem basicamente da agricultura e cerca de 70% da mesma população vive nas zonas rurais, de acordo ainda com aquela instituição do sistema de Bretton Woords, acrescentando que, dos 18.5 milhões de habitantes, pouco
mais de 11 milhões estão em idade laboral, mas têm dificuldades de inserção no sector formal da economia.
Esta situação é apontada como estando por detrás da baixa renda de cada moçambicano, apesar de ser muito contestada por economistas que apontam como razões de fundo a preguiça enraizada nos moçambicanos.
Renda per capita de 2005
Entretanto, dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, em 2005, cada moçambicano produziu 428.2 dólares norte-americanos, o correspondente a 10.7 mil MTn,
O Produto Interno Bruto (PIB), no período em análise, foi de 7.7%, contra 7.2%, de 2004, enquanto que as exportações foram na ordem de 1.529 mil dólares norte-americanos contra USD 2.158 mil de importações, significando que o défice da balança de pagamentos, em 2005, foi de 460 mil dólares.
No ano anterior, Moçambique havia encaixado 1.451.9 mil dólares norte-americanos que resultaram das exportações dos produtos “Made In Mozambique”, contra a importação de 1.755.9 milhões de dólares, representando um défice na balança de pagamentos de 279.7 mil dólares.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 17.08.2006