“Moçambique pertence à Frelimo”, Pascoal Mocumbi, ex-Primeiro Ministro, aquando da campanha eleitoral pelo “n’goma e maçaroca”, em 1999 em Manica
Por Aurélio Sábado
Introdução
O Governo moçambicano tem sido implacável relativamente a reversão da barragem de Cahora Bassa para o respectivo Estado. Legítimo. Muitos dos nacionais honestamente afinam pelo mesmo diapasão movidos pela emoção da “segunda independência” do País, cujo parto se apresenta difícil.
Todavia, o que se põe hoje é quem serão os beneficiários da presumível “nova independência”? Para já, há suspeitas de que como da independência política a “a nomenklatura” frelimista foi a maioria beneficiária, quais são as garantias que se nos permite afirmar que desta feita Cahora Bassa será efectivamente do “povo moçambicano”?
À data da independência levou-o a embarcar na utopia duma sociedade plena de igualdade e de justiça social. Na análise que nos propomos a fazer há, à partida, duas linhas para que é preciso concentrar: enquanto a “nomenklatura” da Frelimo prospera, a pobreza cresce (aparte os estudos encomendados).
Não há dúvidas que quanto alinha capitalista abraçada pela Frelimo e dissimulada com o “socialismo de
Estado” a “segunda independência” não há-de passar de mais uma utopia ou simples exercício de retórica para conter os ânimos e acalentar o desespero que sufraga a maioria do povo faminto às garras dosnovos patrões, que chegaram pela via da insidiosa revolução contra a burguesia colonial.
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