Que se beneficiaram de fomento de habitação
O Fundo de Fomento de Habitação, instituição do governo moçambicano vocacionada para o fornecimento de suporte financeiro aos programas de habitação, está a encontrar dificuldades para localizar os cerca de 160 mutuários que se beneficiaram de fundos, a fim de os persuadir a honrar os termos contratuais.
O FFH, que concede apoio à população economicamente activa, sem possibilidades de auto financiamento ou acesso a créditos bancários, desembolsou, de 1996 a 2003, elevadas somas em dinheiro, a título de crédito, para efeitos de construção, conclusão, ampliação ou reabilitação de diversas habitações.
Porém, apesar dos contratos programados terem sido já concluídos, Fernado Buzi, delegado provincial daquele organismo em Nampula, disse que o processo de amortizações das dívidas está vainda a registar dificuldades, com muitos dos mutuários altamente endividados.
Dirigindo-se aos membros do governo provincial, Buzi revelou que grande parte desses mutuários continuam endividados, em resultado do incumprimento dos termos contratuais.
O delegado do FFH explicou, ainda, que, para além da próprias prestações, alguns mutuários incorrem em outras multas, supostamente resultantes da demora registada na amortização das suas dívidas.
De acordo com Buzi, foram, recentemente, emitidas notificações a todos os mutuários em situação irregular a fim de se apresentarem nos escritórios daquela instituição pública.
Todavia, dos cerca de 160 mutuários, apenas compareceram menos de metade, facto que obrigou a instituição a adoptar uma nova estratégia, que pudesse permitir a recuperação dos investimentos, mesmo que para tal, seja necessário, o recurso às instituições judiciais.
Entretanto, apesar destes constrangimentos, o volume de reembolso dos fundos é tido como tendo crescido no mês de Agosto, comparativamente ao mês Julho.
Em termos de acções em curso, o destaque vai para os Programas de Urbanização de Marrére, Cacara, Namachilo, Meconta e Namialo, situados na cidade de Nampula e nos distritos de Moma, Lalaua e Meconta, respectivamente. Nestes locais foram já demarcados um total de 1000 talhões, sendo 400 em Marrere, 200 em Cacara, 200 em Namachilo e igual número de talhões nas vilas de Namialo e Meconta. Outra realização refere- se ao projecto de construção de 20 casas de Crédito de Média Renda, cuja abertura do concurso está agendada para o dia 15 deste mês.
O encontro fez, ainda, a apreciação dos informes do Instituto de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala, o Fundo de Fomento de Habitação, bem como das actividades mais relevantes desenvolvidas no distrito de Mogovolas.
Os membros do governo provincial apreciaram, com agrado, o informe sobre a segurança alimentar, que, de uma maneira geral, é considerada boa ao nível da província, mercê dos bons resultados alcançados na presente campanha agrícola.
Dados disponíveis indicam que a população terá comida suficiente até ao mês de Fevereiro do próximo ano.
Mesmo a zona costeira, onde a situação alimentar tem sido constantemente ameaçada devido aos efeitos combinados da queda irregular das chuvas, da podridão radicular da mandioca e baixa fertilidade dos solos, apresenta animadoras perspectivas de reservas alimentares.
WAMPHULA FAX - 05.09.2006