A problemática do fecalismo a céu aberto, na Ilha de Moçambique, está longe de ser ultrapassada. Relativamente à questão, o nosso jornal ouviu vários ilhéus, à margem das celebrações do 188º aniversário da sua urbe.
De realçar que várias acções estão em curso e outras foram já empreendidas no decorrer do presente
ano. O destaque vai para o trabalho de sensibilização sobre o fecalismo a céu aberto e acerca da correcta utilização da drenagem pluvial dos bairros de Litine e Esteu.
Sobre a “eterna” problemática da degradação da orla marítima, muitos habitantes locais são unânimes em reconhecerem ser urgente a sua resolução. Um habitante local, Hagy Sacugy, disse à nossa reportagem não ser verdade que a questão derive de uma tradição sócio cultural dos ilhéus. Dizem que é um uso e costume dos habitantes cá da terra, mas eu repudio. Houve tempo em que a orla marítima era guarnecida, e, até existiam casas de banho públicas providas de água, ao longo dela. Defendeu o
nosso interlocutor, observando que a prática concorre para o escassear de turistas e consequente debilitação da imagem daquele local histórico.
WAMPHULAFAX - 29.09.2006