O escritor foi às memórias da sua infância e descobriu um rio que já não é, um chão que já não tem economia, no fio condutor que é a água, eventualmente o polarizador de conflitos do futuro. De caminho, porque se diz optimista, lança alguns desafios, como transformar camponeses em agricultores, para que da terra, misturada com água se extraía o seu verdadeiro valor. É este o texto que o SAVANA oferece aos seus leitores.
Cresci junto ao Incomáti, numa vila que deve tudo ao rio.
A Moamba figura no mapa como um marco importante da rede ferroviária do nosso país: é ali que se juntam a Linha de Xinavane e a Linha de Ressano Garcia. Mas antes da chegada do caminho-de-ferro, antes mesmo da implantação da sede da circunscrição do Sàbié, aquela área já concentrava muita
população e bastante actividade económica. A chefatura de N'wamba, diz-se, fixou-se ali, faz pelo menos dois séculos, porque aquelas eram terras de lavoura, onde nunca faltava água. Havia muito gado e vinham pessoas de muito longe para negociar os produtos mais diversos.
Leia em:
Download a_moamba_o_incomati_e_a_gua.doc