Será na próxima terça-feira em Maputo assinado o acordo final de reversão da Barragem de Cahora bassa para o Estado de Moçambique, o que me leva a pensar nas seguintes questões:
-Isto leva-nos a querer saber, aliás acho que deve o povo português de saber, o quanto foi oferecido, doado e perdoado dos seus impostos (do bolso do cidadão) entre o valor real em dívida (que avalio em mais de 2,5 mil milhões de dólares americanos) e o que Moçambique irá pagar. A "democracia" afinal o que é para os governantes portugueses?
-Quando o ordenado do Presidente da República de Moçambique é em mais de 50% proveniente das doações internacionais ao Orçamento Geral do Estado moçambicano, nas quais incluo as de Portugal, isto é dos impostos que os portugueses pagam, onde irá o estado de Moçambique buscar os 950 milhões de dólares americanos que terá de pagar a Portugal?
- É evidente que Cahora Bassa será utlizada por Moçambique para um seu maior endividamento pois terá de servir de garantia para um qualquer empréstimo para a amortização a Portugal. Ou não será?
-Mas o Presidente Guebuza é, certamente, um homem feliz neste momento: Conseguiu a assinatura do acordo antes do Congresso da Frelimo, brevemente em Quelimane.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE