A PRIMEIRA-MINISTRA, Luísa Diogo, disse que os recursos naturais são uma força impulsionadora do desenvolvimento de um país quando o Governo e as populações estiverem cometidas na erradicação da pobreza absoluta. Este pronunciamento foi feito segunda-feira, após ela ter visitado o projecto de areias pesadas de Moma, província de Nampula, avaliado em 460 milhões de dólares.
Maputo, Quarta-Feira, 1 de Novembro de 2006:: Notícias
Luísa Diogo que hoje termina a visita de cerca de três dias à província nortenha de Nampula, destacou que a implementação do projecto de areias pesadas de Moma foi impulsionado pelo ambiente de negócios favorável que o país assiste neste momento, mercê do empenho do Governo na preparação do mesmo, aliada à importância daquele empreendimento na mudança do nível de vida.
O facto de a população de Topuito, região do posto administrativo do Larde, onde está em implementação, o referido projecto, há cerca de dois anos, estar a demonstrar um espírito de colaboração, o que estimula aquele consórcio a prosseguir de forma segura as suas iniciativas e ultrapassar todas as dificuldades que possam surgir pela frente , mereceu também destaque da primeira-ministra.
A governante frisou que a componente de habitação e abastecimento de água potável tem um peso específico muito grande para a avaliação do índice de desenvolvimento humano e aquele projecto, privilegia isso, dando exemplo de abertura de fontes e canalização de água nos povoados circunvizinhos da área de extracção mineira.
Mesmo sem ter iniciado a exploração mineira, agora prevista para Janeiro próximo, Luísa Diogo disse ter ficado impressionada com as acções em curso, sobretudo de construção de escolas, unidades sanitárias incluindo centros de infância na região de Topuito, financiadas pela Kennmare Moma Resort.
Luísa Diogo, destacou o facto de o proponente do projecto de areais pesadas de Moma ter igualmente privilegiado primeiro a contratação de mão-de-obra local, tendo depois ido recrutá-la noutras regiões do país, o que é considerado como um dos poucos processos de género, conduzido com sucesso em Moçambique até o momento.
A componente de desenvolvimento da força de trabalho qualificada para trabalhar naquele empreendimento preconiza treinamento de técnicos moçambicanos ao nível de universidades do país. Adicionalmente, prevê a substituição dos técnicos qualificados estrangeiros pelos nacionais de forma gradual
CARLOS TEMBE