Mais de 20 países africanos assinam hoje um protocolo que permitirá lançar um cabo submarino para distribuir Internet de banda larga no continente, anunciou sexta-feira o porta-voz da Comissão e-Africa, órgão da União Africana.
Entre os 23 países que vão assinar o protocolo, promovido pela comissão e-Africa da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (Nepad), contam-se Moçambique e Angola.
Depois de todos os países envolvidos rubricarem o protocolo será criado um comité coordenador para acelerar o processo de lançamento de um cabo submarino com 9.900 quilómetros, entre Port Sudan, no Sudão, e Mtunzini, na África do Sul. Este cabo servirá, no futuro, para distribuir Internet de banda larga ao continente africano.
De acordo com o porta-voz Richard Mantu, a primeira cerimónia organizada para formalizar a assinatura do protocolo, em Kigali, no Ruanda, contou com a presença de membros dos governos de 7 nações, que se comprometeram a aguardar pelos restantes países para que o projecto fosse lançado formalmente.
Nesse sentido, estabeleceram a data de 30 de Novembro de 2006 como prazo limite para que as 23 nações rubriquem o protocolo. Na ocasião, a ministra sul-africana das telecomunicações, Ivy Matsepe-Casaburry, garantiu que o seu país não será ligado à rede de banda larga até que os restantes países dela beneficiem.
Os países que vão assinar o acordo na Cidade do Cabo são, além de Angola e Moçambique, também o Botswana, o Burundi, o Djibouti, a República Democrática do Congo, a Eritreia, a Etiópia, o Quénia, o Lesoto, Madagáscar, o Malawi, as Ilhas Maurícias, a Namíbia, o Ruanda, a Somália, a África do Sul, o Sudão, a Suazilândia, a Tanzânia, o Uganda, a Zâmbia e o Zimbabwe.
LUSA - 16.10.2006