Por Edwin Hounnou
Os meninos são vulneráveis e podem ter consequências muito graves ao ingerir essas plantas ou parte delas. A gravidade da ingestão vegetal dependerá da toxicidade potencial, parte da planta que se ingeriu, quantidade e forma de preparação (cozida ou crua), achados necrópsicos, congestão pulmonar, renal, hepática e esplénica, congestão vascular meníngea, atelectasia posterobasal, gastrites agudas e lesões nervosas.
Descreve-se um caso de intoxicação pela jatropha urens num paciente de 21 anos com antecedentes de boa saúde. O quadro clínico característico, consequente dos efeitos das toxinas sobre diferentes órgãos, relaciona-se com a ingestão prévia de grandes quantidades da planta em forma de infusões e a diminuição da colinesterase sérica permitiram estabelecer o diagnóstico de envenenamento exógeno.
Onze caprinos de raça Nubian foram alimentados com as sementes da jatropha curcus em doses que variavam de 0.25 g a 10g/kg/diariamente e intoxicaram-se de 2 a 21 dias até à morte. A biopsia ao fígado feita 2 dias depois do começo da alimentação e subsequentes biopsias revelaram uma congestão que variava do grau de gordura, redução do glicogénio e lesões hepáticas.
Perda de apetite, redução de consumo de água, diarreia, desidratação, conjuntivite e deterioração da condição corporal e sinais clínicos de intoxicação por jatropha.
Os animais demonstraram o decréscimo do nível de glicose, aumento elevado de arginase e glucamato, entre outros parâmetros bioquímicos que demonstram lesões nos músculos.
Exames pos-mortem revelaram hemorragias no rúmem, reticulum, rins, fígado, coração, baço e enterites de pulmão.
Os sinais clínicos de lesões em caprinos Nubia e ovinos oralmente doseados com folhas frescas de jatropha galamaluco com doses entre 2,5, 5 e 10 gramas/kg/dia revelaram resultados preocupantes.
Os sinais de intoxicação de Ipomoea eram a inapetência, depressão, fraqueza nas articulações, dificuldades de respiração, coloração das mucosas. A maior lesão era necrose focal da gordura em volta de fígado, fibroplástico ao nível das células do fígado, lesões de coração, de rins e pneumonia.
O óleo vegetal de jatropha tem que ser sujeito a um processo químico como o transesterificação para permitir que se misture com óleo transesterido e diesel do petróleo para funcionamento dos automóveis.
No processo do transesterificação do óleo de jatropha, a grande quantidade da glicerina seria produzida como derivado. A demanda para a glicerina não é presentemente elevada e consequentemente a sua produção poderia criar problemas da eliminação.
Na produção do óleo de jatropha, o bagaço não pode ser usado como alimento para o gado.
A pesquisa provou que a introdução de novos componentes no ecossistema afecta a vida de outras plantas e microorganismos. A jatropha é sabido que é uma planta de natureza dominante, daí ter sido nomeada como a “rainha das plantas”. Definha e até suprime o crescimento de outras plantas a ela associadas.
A TRIBUNA FAX – 11.10.2006
NOTA:
É afinal esta a planta eleita para a salvação da economia de Moçambique? É esta a planta a utilizar na chamada "Escola Verde? Não acredito.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/08/educao_relana_p.html