Carta de Maputo
Por Albano Naroromele
LEVANTA-TE E CAMINHA!…
Recebi, amigo Tossu, a tua carta escrita, creio, na maior das euforias que me habituaras no passado, naqueles longínquos anos 70-80. Posso dizer-te que tomei literalmente a pulsação do teu coração acelerada ao ritmo daquilo que chamaste de “finalmente a vitória”! Ri-me, não te escondo. Saberás, porventura, porquê? Ou a crueldade da pobreza que, agora, dizes ter esmagado com essa “finalmente a vitória”, secou para sempre a tua capacidade de imaginação?
O meu riso não foi aquele que conheces, mas algo cinzento-amarelo forçado no meu rosto amargurado que, no espelho, me remeteu à tristeza das folhas das árvores queimadas nas matas indefesas de Malema.
Eu explico.
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