O Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, e o Primeiro-Ministro Português, José Sócrates, acabam de assinar hoje, dia 31 de Outubro de 2006, o protocolo de reversão da gestão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) a favor do Estado Moçambicano, na ordem dos 85 %, numa cerimónia histórica que teve lugar nos paços do Município da cidade de Maputo.
Fecha-se assim o processo negocial que durante muito tempo envolveu os Governos de Moçambique e de Portugal.
Na ocasião, o Chefe do Estado Moçambicano saudou a estadia do governante português e da delegação que o acompanha, em território Moçambicano, reconheceu o seu desempenho no processo negocial e reiterou que o povo Moçambicano sempre recebe os amigos portugueses com enorme satisfação.
Dirigindo-se aos Moçambicanos após a assinatura deste acordo histórico, Armando Guebuza disse que o mesmo simboliza o alvorar de uma nova era nas relações entre Moçambique e Portugal, uma vez que HCB sempre constituiu para os Moçambicanos um assunto de âmbito nacional.
Destacou a impaciência pública demonstrada pelos vários estractos da sociedade Moçambicana, pela demora nas negociações que culminaram com a assinatura do protocolo, tendo saudado a presistência e paciência do povo Moçambicano e de todos os actores envolvidos nas negociações, em particular os trabalhadores da HCB, que souberam assegurar a manutenção daquele empreendimento.
Visivelmente satisfeito, o Presidente da República de Moçambique disse que o controlo da HCB pelo Estado Moçambicano vai contribuir para o combate à pobreza absoluta, para a electrificação rural e para vários outros subsectores de actividade económica ligados ao uso da energia da HCB. Disse que iria igualmente contribuir para que Moçambique tenha maior disponibilidade de energia, podendo o Governo alargar o espaço de cooperação com os parceiros.
A dado passo da sua intervenção, Armando Guebuza exortou os trabalhadores da HCB a continuarem a assumir uma postura de responsabilidade nas funções que exercem e que a empresa continue a honrar os seus compromissos internos e eternos.
No final da sua intervenmção o Presidente Armando Emílio Guebuza foi peremptório em afirmar: MOÇAMBICANAS, MOÇAMBICANOS, CAHORA BASSA É NOSSA.
ESTE É UM ACORDO DO FUTURO
- José sócrates, Primeiro-Ministro Português
O Primeiro Ministro Português, josé sócrates, tomando da palavra após a assinatutra do Protocolo de reversão da HCB ao estado Moçambicano, disse que o acordo ora assinado é encarado de uma maneira especial pelo governo do seu país porque fecha um último capítulo da história do passado e abre um novo capítulo da história do futuro.
Para Sócrates, o Estado e o Povo Moçambicanos podem continuar a contar com Portugal e o presente acordo é sobre o futuro das relações entre os dois Povos.
Sócrates terminou destacando a hospitalidade do povo Moçambicano e algumas personalidades que participaram activamente no processo negocial sobre a HCB. " Este acordo foi assinado com boa gente, com gente amiga", concluiu Sócrates.
Saudações revolucionárias
Basílio Z. Muhate
Nota: Retirado da net