Moçambique é este ano o quarto país da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com maior liberdade de imprensa, refere um relatório internacional da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Os dados sobre a liberdade de imprensa no mundo estão contidos no Índice para a Liberdade de Imprensa dos RSF, alusivo a 2006, onde Moçambique está em quarto lugar entre os 14 países da SADC, ocupando a 45¦ posição na tabela mundial, com uma pontuação de 11,50 por cento, num conjunto de 167 nações avaliadas.
Os critérios de classificação do referido índice têm como pontuação máxima zero pontos, da qual se aproximaram Finlândia, Islândia, Irlanda e Holanda, com uma pontuação de 0,5, o que, segundo a RSF, torna estes quatro países os que mais respeitam a liberdade de imprensa no mundo.
A posição atingida este ano por Moçambique no Índice para a Liberdade de Imprensa dos RSF mostra uma tendência de melhoria por parte do país, depois da 49¦ posição alcançada em 2005, e da 64¦, em 2004.
O outro país lusófono da SADC, Angola, é o sétimo em termos de liberdade de imprensa na região e está em 91º lugar da classificação geral, com 21,50 pontos, segundo o apuramento dos RSF.
A Namíbia é o país mais livre da África Austral no âmbito da liberdade de imprensa, situando-se em primeiro lugar e em 26º à escala mundial, com seis pontos, seguida pelas Maurícias, em segundo lugar na SADC e em 36º no mundo, com oito pontos.
A RDCongo, em 142º lugar, com 51 pontos, é o país que mais restrições impõe à liberdade de imprensa na SADC, refere a análise dos RSF.
A nível global, os EUA tem revelado desde o primeiro ano da publicação do Índice para a Liberdade de Imprensa, em 2004, uma tendência regressiva, tendo ficado este ano em 53º lugar, depois da 44¦ posição, em 2005, e da 17¦ posição, em 2004.
A RSF explica a queda dos EUA no índice com a deterioração da relação com os jornalistas, depois de "a administração de George W. Bush ter usado o pretexto da segurança nacional para considerar suspeitos todos os jornalistas que questionam a sua guerra contra o terrorismo".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 30.10.2006