GRAÇA Machel, viúva de Samora Machel, disse que tem agora alguma esperança quanto ao necessário esclarecimento das circunstâncias em que morreu o primeiro chefe do Estado do nosso país, Samora Machel, porque - segundo ela - parece haver um esforço concertado entre os Estados moçambicano e sul-africano.
Maputo, Sexta-Feira, 20 de Outubro de 2006:: Notícias
"Esta é a última oportunidade de que nós julgamos ter em mão para se esclarecer, e como se diz a esperança é a última a morrer", afirmou Graça Machel, também presente na Praça dos Heróis, onde depositou uma coroa de flores juntamente com os filhos e outros familiares de Samora Machel. Também estiveram na Praça dos Heróis, membros do Governo moçambicano, do corpo diplomático, familiares das vitimas de Mbuzini, deputados da bancada parlamentar da Frelimo, quadros deste partido e populares. Graça Machel repisou "desta vez", mas não quis entrar em detalhes. "Desta vez, me parece haver determinação de ambas as partes (Moçambique e África do Sul)... talvez também (porque) as condições sejam um pouco mais maduras do que eram antes...". Ela salientou que é gratificante, 20 anos depois, verificar que Samora Machel ainda "vive" nos corações dos moçambicanos, frisando que "essa é a nota positiva mais importante". Disse ser igualmente gratificante verificar que as instituições do Estado decidiram valorizar a contribuição de Samora Machel como libertador da pátria, fundador do Estado moçambicano e como primeiro presidente da Republica e "isso também é uma nota muito positiva".