Estamos perante uma situação de tolerância. Mas, não de tolerância de dissidência e de pluralismo que é assumida como aquela que promove a democracia. Estamos sim perante uma situação de «tolerância de corrupção», acima de tudo « tolerância de fazer-mal » contra as nossas liberdades democráticas. Essa é a cultura que implantou-se no nosso sistema politico Moçambicano que se pretende democrático.
Contribuímos diariamente para a existência do Estado Moçambicano pagando taxas e impostos e esperamos que dessa contribuição o Estado, através do Governo, construamos estradas e pontes para visitarmos os nossos noutros lugares ou ter facilidades no acesso às zonas recônditas do país e promover o turismo; escolas para reduzir o índice de analfabetismo e sermos sofisticados; e hospitais para garantirmos uma vida saudável. Contribuímos, ainda, na expectativa de que o nosso dinheiro vai garantir a ordem pública e segurança nas estradas e no domicílio. Contribuímos na esperança de que as liberdades cívicas, políticas e socioeconómicas sejam efectivas através de instituições de justiça que queremos que sejam independentes. Contribuímos para que o Estado satisfaça o interesse público.
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