por Benjamin Pequenino
O papel das instituições sócio-culturais no desenvolvimento
Tendo nascido nesta província no nordeste (terra dos macuas-lomués), crescido no sul (dos senas), vivido três anos consecutivos nesta cidade (dos chuabos) e fixado residência há 24 anos no Maputo (dos rongas e changanas), o convívio com gente da minha terra, lá e aqui, ouso pensar em voz alta que se algum extracto da sociedade civil residente em Maputo, propusesse hoje um encontro de zambezianos, para discutir o desenvolvimento da sua terra natal, tal convite teria sido, por muitos, recebido com um misto de cepticismo e cinismo, pelas razões que a seguir tentarei aflorar. Contudo, este encontro não é organizado por essa sociedade civil e, outrossim, não inclui zambezianos apenas!
Com efeito, tenho tentado reflectir, se a nossa maneira de ser e estar em sociedade ajuda a alcançar ou não o desenvolvimento desta terra. Ou seja, se a nossa cultura que nos é especifica motoriza ou obstaculiza o combate à pobreza na nossa terra. O tempo que me foi dado não permite retórica, pelo que não vou entrar nas definições académicas do que são instituições. Mas gostaria de concordar com a teoria segundo a qual instituições são um conjunto de normas, mecanismos e organizações formais e informais que governam e orientam a vida em sociedade.
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