A exportação da fibra do algodão gerou receitas no valor de 18.9 milhões de USD durante o segundo trimestre de 2006, o que veio a confirmar-se com a arrecadação de mais 7.9 milhões de dólares contra 11 milhões USD do primeiro trimestre de 2006.
No primeiro trimestre haviam sido exportadas 11.14 mil toneladas de fibra a um preço médio de 1010 dólares/tonelada, o que permitiu arrecadar em receitas um total de 11.06 milhões USD.
Mantém-se a estagnação no mercado mundial da fibra, pois os preços continuam abaixo da média normal de 1400 USD/ton. Fora disso, as transacções da fibra nacional continuam lentas devido não só ao baixo preço mas também pelo lento ritmo das vendas do chamado `ouro branco´, pois deviam ter terminado em Maio de 2006.
Como resultado, o stock actual de fibra ainda por exportar é de 7.2 mil toneladas e a sua exportação deverá ocorrer em paralelo com a da fibra da campanha 2006, que arranca em Setembro próximo. De acordo com o relatório do Instituto do Algodão de Moçambique (IAM), sobre o ponto de situação da campanha do algodão transacta, no fim do segundo trimestre deste ano, os dados cumulativos da campanha indicam que o valor da fibra a exportar poderá atingir 26.1 milhões de USD, contra 31.8 milhões de USD da campanha 2003/04.
Em relação à campanha 2005/06, que conta com novos preços de comercialização , apesar do início tardio das chuvas e do receio do inverno rigoroso, prevê a produção de 110 mil toneladas de algodão-caroço, o que vai resultar cerca de 39.6 ton. de fibra.
Com a exportação desta fibra, aos preços vigentes (100 USD/ton), poderão ser arrecadados 39.6 milhões de USD. Como subproduto do descaroçamento vão resultar cerca de 70 mil toneladas de semente, das quais cerca de 10 mil toneladas voltarão para a sementeira.
Das restantes 60 mil toneladas uma parte será vendida à indústria nacional de óleos e sabões (por cerca de 1.000 MTn/ton), e a outra será exportada (por entre 30 a 50 USD/ton).
NOTÍCIAS - 30.09.2006