OS antigos combatentes da luta de libertação contra o colonialismo em Moçambique residentes na Manhiça, província do Maputo, no sul do país, pedem ao Governo a realização de um trabalho coordenado para garantir o respeito dos seus direitos por parte das instituições do Estado.
Maputo, Sexta-Feira, 3 de Novembro de 2006:: Notícias
Manuel Vasco Katuma, falando em nome deste grupo alvo residente no Centro dos Antigos Combatentes da Manhiça, revelou que dos direitos violados constam, entre outros, o que respeita a cuidados de saúde, categorizacao para o pagamento de pensões, para além de uma alegada discriminação por parte dos nativos do distrito. Katuma que falava, recentemente, num encontro com a Primeira Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, no âmbito da visita que efectuou à província do Maputo, disse que os combatentes querem ainda a integração de seus membros nas instituições e órgãos decisórios locais e a facilidade de ingresso dos seus filhos à escola. "Existem no nosso seio elementos capazes. Se não da a nossa integração nos órgãos decisórios que enquadrem os nossos filhos", reclamou. Os combatentes contaram que as autoridades sanitárias locais não aceitam o acesso destes a cuidados de saúde gratuitos, apesar de apresentarem cartões de Antigos Combatentes que lhes confere tal direito, contrariando o legislado. No que respeita às pensões os combatentes dizem que, apesar de gozarem de estatutos diferenciados (patentes) foi lhes fixado um valor igual para todos (2.500 Meticais da nova família, o equivalente a 100 dólares EUA), valor que consideram "exíguo e ilegal" tendo em conta a categoria de cada um. Para a solução destes problemas, Maria da Luz, pediu uma informação detalhada sobre os factos, tendo prometido realizar um trabalho de averiguação das questões com as autoridades competentes aos níveis distrital, central e no Ministério dos Antigos Combatentes. Na Manhiça, os combatentes da luta de libertação criaram uma associação que se dedica à plantação de cana-de-açúcar para abastecer a fábrica de açúcar, MARAGRA, para além de banana para o mercado. Não foi possível obter o número dos combatentes ali residentes.