de Orlando Castro
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) organiza terça-feira, em Genebra, uma reunião com vários sectores da comunidade portuguesa para angariar fundos e ajudar 2.000 crianças angolanas a aprender português. Bravo.
Enquanto isso, à boa maneira portuguesa, a CPLP vai cantando e rindo... de barriga cheia.
Ariana Magalhães, do ACNUR, disse hoje que o projecto está concluído e deverá começar em 2007, mas falta garantir o seu financiamento. A estimativa do ACNUR é que o apoio a cada criança custe cerca de 15 euros (ena tanta massa!), "não apenas para o ensino do português, mas dando-lhes condições para aprender".
Enquanto isso, à boa maneira portuguesa, a CPLP vai cantando e rindo... de barriga cheia.
"Este projecto é muito importante porque representa uma plataforma de acesso à escolaridades destas crianças, a maioria refugiadas que regressaram a Angola depois da guerra e que viveram os últimos anos em países limítrofes de Angola", afirmou, acrescentando que este apoio "é também uma via para uma integração sustentável".
Segundo a mesma fonte, a reunião vai permitir juntar o Alto-Comissário, o ex-primeiro-ministro português António Guterres, com a comunidade portuguesa na Suíça, composta por cerca de 80.000 pessoas.
Enquanto isso, à boa maneira portuguesa, a CPLP vai cantando e rindo... de barriga cheia.
Ariana Magalhães acrescentou que com esta iniciativa, o ACNUR pretende chamar a atenção para a "necessidade urgente de apoiar Angola, nomeadamente na reintegração dos cerca de 350.000 refugiados que já regressaram ao país", depois de três décadas de guerra civil, que terminou em 2002.
A ajuda às 2.000 crianças insere-se num projecto maior do ACNUR para Angola na área da educação, orçado em 780 mil euros a passar à prática em 2007.
De acordo com Ariana Magalhães, além das 2.000 crianças previstas inicialmente, o projecto poderá apoiar mais, dependendo da adesão das pessoas a esta iniciativa de recolha de fundos.
"O ACNUR garante que toda a verba recolhida será canalizada directamente para as crianças através do Serviço de Jesuítas para os Refugiados", disse a responsável.
A falta de verbas do ACNUR para realizar todos os projectos faz com que a agência da ONU tenha este tipo de iniciativas junto dos privados, nomeadamente instituições, empresas e comunidades.
Segundo a responsável da ONU, a fadista portuguesa Mariza associou-se a esta iniciativa e vai passar a mensagem do objectivo do projecto durante os seus concertos.
Enquanto isso, à boa maneira portuguesa, a CPLP vai cantando e rindo... de barriga cheia.