Já está concluído o primeiro pilar da ponte sobre o rio Zambeze ligando Caia, em Sofala, e Chimuara, na Zambézia.
Trata-se da entrada da derradeira fase da concretização daquele empreendimento. Vários meios flutuantes importados da Europa para o transporte do material de perfuração e construção de betonagem já se encontram na Beira.
De acordo com o engenheiro Elias Paulo, director daquele megaprojecto, o pilar ora erguido compreende quatro estacas de 1,5 metro de diâmetro com cerca de 60 metros de profundidade. Na globalidade vão ser erguidas 116 estacas ao longo do viaduto, 32 nos dois encontros e 40 na ponte principal, sendo que uma estaca equivale a um prédio de 20 andares.
Neste momento, o trabalho em curso contempla a construção do segundo pilar, tendo já abrangido a montagem de duas das 16 estacas da parte do encontro localizado na zona sul com o diâmetro de 1,20 metro. A ponte principal deverá ter 710 metros de comprimento com 40 estacas de dois metros de diâmetro cada. O viaduto da ponte está projectado para ter um comprimento de 1,6 quilómetro e 116 estacas com a profundidade calculada entre 55 e 60 metros.
A fundação destas estacas, segundo o engenheiro Elias Paulo, constitui a base fundamental para a montagem dos pilares daquela ponte. Os mais de 200 trabalhadores nele envolvidos e que localmente foram recrutados incluindo vários outros especialistas nacionais e estrangeiros estão também empenhados na produção de pedra na zona de Lungoze, distrito de Morrumbala, na Zambézia.
Para já estão mobilizadas duas máquinas pesadas para a perfuração das estacas, esperando-se que igual número de equipamento seja brevemente posicionado para o mesmo trabalho no interior do Zambeze e no viaduto da ponte. Por outro lado, conforme soubemos junto do director deste projecto, acabam de embarcar no Porto da Beira um rebocador, dois batelões e uma plataforma flutuante de cerca de 600 metros quadrados.
Esta maquinaria destina-se a transportar o equipamento pesado de perfuração e de construção da betonagem. A partir do próximo ano arranca a construção em simultâneo de estacas, pilares e tabuleiros. Esta flexibilização visa, essencialmente, cumprir com o calendário estabelecido para a conclusão desta obra prevista para Março de 2009.
Elias Paulo diz que neste momento não há indicação do não cumprimento dos prazos, ressalvando, porém, a eventualidade da ocorrência de qualquer contrariedade de força maior. `A obra está dentro dos prazos e prevemos a sua conclusão em Março de 2009. Contudo, no início de construção da primeira estaca, a 27 de Outubro passado, tivemos problemas relacionados com a qualidade do cimento que, entretanto, foi já ultrapassado´, garantiu.
NOTÍCIAS - 27.11.2006