Município de Maputo
Não há terrenos para construção na cidade no município de Maputo e no momento ainda não encontramos alternativas – refere Idálio de Aguiar Juvane
De nada mais adianta se dirigir à «Direcção de Construção e Urbanização» (DCU) no município de Maputo para requerer um terreno – parcela de terra – para fins habitacionais. Contundo, não se sabe se por falta de levarem a mão à consciência, as autoridades municipais continuam a receber pedidos de concessão de terra para esse fim, e, não se digam informar aos munícipes sobre esta realidade para que eles procurem outras alternativas.
Há quem ganha com estas situações. Não se compreende no entanto que um município desta dimensão ainda não tenha afixado anúncios nas suas vitrinas, informando aos cidadãos com essas pretensões que esse “sonho” virou uma “miragem”.
É este o quadro do principal município de Moçambique dirigido pelo economista Eneas Comiche, a dias eleito membro da Comissão Política (CP) da sua organização, o mais alto órgão decisório do partido dos “camaradas”, que tem a sua sede na Rua Pereira do Lago (Nome de um antigo governador colonial).
Quem tomou coragem de trazer este quadro a superfície é o arquitecto e planificador físico Idálio de Aguiar Juvane que ocupa o cargo de director da «DCU» no município de Maputo.
A verdade nua e crua
“Já não há terrenos para o cidadão construir a sua casa seja onde quer que seja”, começou por revelar ao «Canal de Moçambique» acrescentando que o que existe do momento “é um maior fluxo de cidadãos a requer terrenos no município de Maputo para erguer as suas casas” mas, infelizmente, “não há terrenos. O próprio executivo de Comiche quando assumiu o cargo em 2004 afirmou verbalmente que o município de Maputo não tem terrenos livres e parcelados para habitação”.
Falta de avisos
Todos os dias cidadãos copiam nas vitrinas do «DCU» as minutas para pedido de parcela para construção. Como a clareza dos factos ainda não é do domínio público, o cidadão acaba ficado remetido para o plano da humilhação, que dia pós dia bate com o pé na estrada em direcção àquele município, mas nunca é dito que as suas viagens desembocam na escuridão.
A incapacidade do município vai para além de não conseguir alertar ao cidadão requerente sobre o que se passa com a alegada demora na atribuição de terrenos para construção.
(Emildo Sambo) -CANAL DE MOÇAMBIQUE - 21.11.2006