George, África do Sul - Um serviço fúnebre na Igreja Reformada Holandesa de George, na província do Cabo Ocidental, assinalou o último a deus ao ex-presidente da África do Sul Pieter Willem Botha, que governou entre 1 978 e 1989, ainda durante o "apartheid".
O actual presidente sul-africano, Thabo Mbeki, a primeira-dama, Zanele, o último Chefe de Estado branco e "arquitecto" da transição para a democracia multirracial, Frederik de Klerk, e sua mulher Elita, e outros altos dignitários, associaram-se às cerimónias fúnebres num acto de reconciliação nacional com o regime de "apartheid", que dividia a população de acordo com a sua origem étnica e racial.
Cerca de 400 pessoas participaram quarta-feira no serviço religioso, embora a maioria tenha permanecido no exterior da igreja e numa tenda ali montada para o e feito, já que o templo não tinha capacidade para todos os presentes.
O serviço religioso durou cerca de hora e meia, preenchido por cânticos , orações e diversas intervenções alusivas a Pieter Botha Apesar de Mbeki ter oferecido à família de Botha um funeral de Estado e de ter ordenado que as bandeiras em todas as instituições públicas fossem colocadas a meia haste, a família respeitou os desejos expressos em vida pelo ex-presidente, dando-lhe um funeral modesto, apenas aberto aos familiares e amigos mais próximos.
Após o serviço religioso, o cortejo fúnebre de Pieter Botha, que faleceu na passada terça-feira, 31 de Outubro, aos 90 anos, seguiu para o cemitério de Willderness - uma pequena localidade na zona de George, onde a família Botha reside há várias décadas. Botha ficará sepultado ao lado da sua primeira mulher, Elize.
LUSA - 09.11.2006