Uuma mulher encontra-se detida na esquadra do Bairro da Liberdade, no Município da Matola, província do Maputo, na qualidade de suspeita principal num caso de rapto de uma criança de dois anos, presumivelmente perpetrado por um grupo de malfeitores ainda a monte.
Os criminosos exigiram pelo resgate do menor uma quantia de 50 mil meticais da nova família (Mtn), que seriam entregues num lugar por eles indicado.
Porém, a pronta intervenção da Polícia que tomou conhecimento do caso através de uma denúncia anónima permitiu a detenção da indiciada. Antes desta ocorrência a mãe da criança foi vítima do roubo de uma viatura que acabava de comprar há menos de dois dias. Suspeita-se que os raptores do seu filho façam parte do mesmo grupo àquela mulher ligado nas actividades criminais. Entretanto, tudo indica que mais pessoas estarão envolvidas nos referidos crimes.
Uma testemunha próxima da família lesada disse ao que depois do roubo da viatura a mãe da criança vinha recebendo ameaças de pessoas que, sem se identificarem, e usando telefones públicos diferentes intimidavam-na dizendo que teria o mesmo fim que a sua viatura, mas sem contudo especificar o que, concretamente, pretendiam.
Dias depois o seu filho de dois anos desapareceu de casa em circunstâncias ainda por esclarecer e a Polícia diz estar a trabalhar no sentido de trazê-lo de volta o mais rapidamente possível, ao convívio familiar, ao mesmo tempo que prossegue as investigações para neutralizar o grupo.
De acordo com a fonte, o rapto aconteceu num dia em que o menor se encontrava em casa na companhia de uma outra criança mais velha. Duas senhoras chegaram ao local, tendo ludibriado as crianças, com intuito de raptar a mais nova, facto conseguido sem grandes dificuldades. `Quando chegaram mandaram a criança que estava a cuidar do menor para ir comprar pão e quando voltou as duas senhoras haviam sumido com a criança de dois anos. Mais tarde a mãe da vítima recebeu um telefonema de um número privado a pedir um resgate de 50 mil meticais´, disse a fonte.
Juarce Martins, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província do Maputo, disse que depois da detenção da mulher as chamadas diminuíram, mas não deixaram de acontecer, o que indica que outras pessoas continuam a pressionar a família no sentido de se efectuar o pagamento em troca da devolução da criança.
`A Polícia tomou conhecimento da ocorrência e tratou de investigar. Neste momento temos uma senhora detida para investigação como a suspeita principal e acreditamos que através dela poderemos chegar ao grupo que continua com a criança de dois anos. Informações indicam que depois desta detenção reduziram os telefonemas, o que indica que poderemos estar mais próximos da verdade dos factos´, disse Martins.
NOTÍCIAS - 20.11.2006