Moçambique ocupa a 99ª posição no índice de corrupção da Transparency International, numa lista onde a Finlândia, a Islândia e a Nova Zelândia surgem como os países menos corruptos.
O índice de percepções de corrupção da Transparency International, hoje divulgado, atribuiu a Moçambique 2.8 pontos numa classificação de 10 pontos. Moçambique partilha a 99ª posição com a República Dominicana, Georgia, Mali, Mongolia e Ucrania.
A classificação da Transparency International assenta num índice compósito que recolhe a opinião de muitos analistas e empresários sobre a percepção da corrupção no sector público em 163 países.
O índice vai de zero a 10 pontos, com zero a indicar elevados níveis de corrupção e 10 a apontar para baixos níveis de percepção da corrupção (quanto menos pontos tiver, mais imagem de corrupção tem o país).
No topo da lista encontra-se a Finlândia, a Islândia e a Nova Zelândia, com 9,6 pontos, enquanto no final da classificação surge o Haiti, a Guiné, o Iraque e o Myanmar.
Moçambique está à frente do Malawi e Uganda (105º), Zambia (111º), Swazilândia (121º), Zimbabwe (130º) e Angola (142º) mas atrás do Gabão (90º), da Madagáscar e Argelia (84º), da Africa do Sul (51º) e do Lesoto (79º).
Os dados sugerem que existe uma forte correlação entre a corrupção e a pobreza, já que quase três quartos dos países têm o índice abaixo dos cinco pontos.
Os números hoje divulgados mostram que muito continua por fazer antes que se vejam melhorias significativas nas vidas dos cidadãos mais pobres, segundo o responsável do Transparency International.
O Brasil, EUA, Cuba e Israel foram alguns dos países onde se verificou uma deterioração significativa da percepção da corrupção, enquanto na Índia, na Turquia e no Japão houve uma melhoria desse indicador.
IMENSIS - 06.11.2006