Muitas palavras e nenhuma solução à vista é o que caracteriza a inacção do Governo na solução dos problemas dos ex-militares que contraíram deficiência durante a última guerra civil em cumprimento do «Serviço Militar Obrigatório». Os ex-militares que foram desmobilizados em 1992, no âmbito dos «Acordos de Roma» que puseram termo a guerra entre o Governo da Frelimo e os guerrilheiros da Renamo, referem que o Estado de Moçambique não tem cumprido com a sua obrigação de prestar-lhes assistência médica e medicamentosa em conformidade com as suas deficiências, fruto de lesões contraídas durante o conflito armado. O abandono governamental não pára por aí. Muitos daqueles ex-militares não recebem pensões de invalidez. O Estado, segundo eles, não tem providenciado nenhum programa de reintegração social e de treinamento vocacional para habilitá-los a desenvolverem novas actividades económicas em conformidade com a sua nova condição. Os ex-militares não deixam também de acusar o esquema oficial montado para lidar com esse assunto de ser demasiado centralizado e muito burocrático.
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