NUM PROJECTO ORÇADO EM CERCA DE DOIS MIL DÓLARES DOS EUA
Filimão Saveca
A província nortenha de Nampula será a pioneira na produção de vinho a partir de castanha de caju num empreendimento a arrancar com as suas actividades nos princípios de 2007, graças a um investimento avaliado em cerca de dois mil dólares norte-americanos, aproximadamente 50.3 mil MTn ao câmbio
do dia).
Numa iniciativa conjunta do Instituto Nacional do Caju(INCAJU), ADPP (Ajuda de Desenvolvimento do Povo para Povo da Noruega) e UNIDO (Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial),
o projecto irá também produzir, a título experimental, sumos e passa (fruta seca), segundo o director-adjunto doINCAJU, Raimundo Matule.
A fase comercial daqueles produtos poderá ser efectiva a partir de 2010, de acordo ainda com Matule, altura em que a experiência poderá ser alargada para as restantes províncias produtoras de castanha de caju, designadamente Cabo Delgado, Manica, Sofala, Gaza, Inhambane e província e cidade de Maputo.
De referir, entretanto, que Moçambique é o sexto mundial e terceiro na África maior produtor de castanha de caju, esperando na presente campanha de comercialização do produto exportar cerca de 40
mil das 75 mil toneladas de castanha previstas.
Na campanha 2004/05, o produto rendeu ao país cerca de 48 milhões de dólares norte-americanos pela exportação de 66 toneladas de castanha em bruto e 4.4 toneladas de amêndoa de caju para Índia, Estados Unidos da América (EUA), Líbano, Portugal, Espanha, Holanda e África do Sul, entre outros países.
As exportações de 2004 possibilitaram ao país um encaixe de 10.4 milhões de dólares e em 2000 cerca de 32.9 milhões de dólares norte-americanos.
A castanha e amêndoa de caju contribuem anualmente com 5% do total das exportações moçambicanas.
CORREIO DA MANÃ(Maputo) - 06.11.2006