Por Fernando Lima, António De Almeida e Naita Ussene, em Quelimane
O que era um congresso para carimbar a liderança de Armando Guebuza sobre as estruturas da Frelimo transformou-se num conclave de conciliação onde se fumou muito cachimbo, para que os machados de guerra, mesmo que simbólicos, fossem enterrados. Encerrou-se assim um capítulo da transição da era Chissano para o signo Guebuza.
Chissano, que perdeu a presidência do partido após o Congresso de 2002, saiu do conclave de Quelimane com um título honorário consagrado estatutariamente, fartou-se de ouvir elogios e posicionou alguns dos seus colaboradores em lugares importantes.
Como é hábito nestas circunstâncias prestou vassalagem ao novo líder, a quem reconheceu um papel determinante na revitalização do partido e prometeu não interferir. Para quem ouviu a sua declaração no Congresso e a intervenção considerada “menos clara” que fez na reunião do Comité Central que antecedeu a reunião magna da organização, “foram tranquilizadoras as suas palavras e dissiparam-se as dúvidas de muitos camaradas”.
Helena Taipo, uma das “estrelas” da nova governação, não percebeu a dinâmica da “família Frelimo” e foi literalmente “ chacinada” pela intervenção a matar que fez, dando a sua visão do antes e o depois da era Guebuza.
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