Maputo - O Governo da Tanzânia manifestou junto do Governo moçambicano preocupação com a expulsão na semana passada de 4 600 cidadãos daquele país, acusados de exploração ilegal de ouro na província de Niassa, norte de Moçambique.
As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada a expulsão do país de 4 600 tanzanianos, que se dedicavam ao garimpo ilegal nas minas de Lupilichi, na província de Niassa.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM), o Governo tanzaniano escreveu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, manifestando preocupação com o repatriamento dos seus cidadãos acusados de exploração ilegal de ouro em Moçambique.
A AIM cita o alto-comissário da Tanzânia em Maputo, Bombela Kinguti, a referir em entrevista ao jornal tanzaniano The EastAfrican que "Dar Es Salaam reagiu formalmente à atitude da contraparte moçambicana, que culminou com a deportação de 4 600 garimpeiros".
"Escrevemos ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, pedindo uma explicação acerca do assunto, porque 4 600 garimpeiros é um número maior e nós gostaríamos de saber que meios foram usados para repatria-los para a Tanzânia", sublinhou Kinguti.
A ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros, Alcinda Abreu, confirmou ao The East African a recepção da carta do Governo tanzaniano, tendo afirmado que uma investigação está em curso para apurar as causas que ditaram os repatriamentos. "O governo está a analisar meticulosamente o caso e respoderá à Tanzânia, para que juntos cheguemos a uma solução pacífica e duradoira", enfatizou Abreu
LUSA - 30.11.2006