Os países, são os seus povos, as suas pessoas, são eles, são elas que determinam os laços de amizade, de cooperação e de respeito entre si.
Papel relevante e pacificamente reconhecido, sabemos caber à comunicação social, neste aproximar de povos, de pessoas, de construir laços de amizade, culturais, económicos. São os programas, as reportagens, as entrevistas, os documentários, os textos de opinião, encontrem-se eles nos órgãos de comunicação social em Moçambique ou em Portugal, uma das verdadeiras pontes daquilo que atrás foi dito. Também a AIM, a LUSA, a RTP ÁFRICA, a RDP ÁFRICA e a pessoa dos seus correspondentes, são o exemplo vivo daquilo que aqui se disse. Em Especial Informação, Balanço do Ano, pelas 21h15m( em
Portugal) e 23h15m ( em Moçambique) a 29 de Dezembro, Sexta-feira, na RTP ÁFRICA, Moçambique vai ter várias questões, que se passaram neste 2006 e "o que nos reserva o novo ano que agora começa, postas em cima da mesa".
O ano 2006 trouxe a Portugal uma nova vivência com Moçambique a todos os níveis, estou a referir-me como imaginarão, ao dossier de Cahora Bassa. Muito se tem dito e escrito em Moçambique e em Portugal sobre este assunto, porém, desculpem-me aqueles que acham sempre tudo errado: nasceu de facto, uma nova relação entre os dois Estados!
Como sabemos, Moçambique registou significativos crescimentos económicos em geral, no turismo, nas exportações, caso a salientar o açúcar. As organizações internacionais a nível mundial, foram generosas ao longo de 2006, nos seus elevados apoios financeiros em projectos virados para o desenvolvimento do País, incluindo aqueles que visam a redução da pobreza absoluta. Moçambique continua a ser uma referência em África e no mundo, considerando a sua sólida estabilidade política, debelando paulatinamente as fragilidades ainda existentes, como normal seria, numa jovem democracia.
Os sinais de Portugal não se poderão quedar pelo encerrar do dossier de Cahora Bassa, atrás referido. Ano novo, vida nova, dirão outros.
Vem aí a Cimeira UE - África no decurso do segundo semestre de 2007, com a presidência portuguesa e a sua realização em Lisboa. É já amanhã! Não nos fiquemos pelo aguardar "dirigista" das instituições governamentais. Há que combater a inércia, sair da letargia, falo em especial para as associações empresariais, culturais, solidariedade social, autarquias e as suas geminações, estas que saiam do papel, câmaras de comércio, fundações e empresários em particular. Tudo, como sempre, depende das pessoas e da sua vontade! Caso exemplar, a construção da ponte sobre o Zambeze em Caia, adjudicada a duas empresas de construção civil e obras públicas portuguesas e já em marcha a sua edificação. Como será Moçambique com esta nova ponte e após a sua entrada em funcionamento, quiçá coluna vertebral ligando o País norte a sul?
Agora, falta um novo encontro de dois velhos amigos, como soe dizer-se, ambos Presidentes da República, Armando Guebuza e Cavaco Silva, mas em visita de Estado a Portugal e a Moçambique, acompanhados de empresários e estes dinamizem o relacionamento que tão bem sabem fazer entre os dois Países!
Augusto Macedo Pinto, Advogado e Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal, [email protected] , publicado em ZAMBEZE, O AUTARCA, VERTICAL e MATINAL em 28/12/2006, O Primeiro de Janeiro, em 29/12/2006, pág. 19, Lusofonia, www.oprimeirodejaneiro.pt e Diário de Moçambique, em 30/12/2006.
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